Não se assuste, isso é normal. Coisas que acontecem nos voos.
Coisas que acontecem nos voos que podem parecer assustadoras, mas são totalmente normais.
Não se assuste, isso é normal.
Algumas situações durante o voo, desde a decolagem até o pouso, podem necessitar de pequenos ajustes e mudanças.
Isso para um comandante experiente é rotina e quase sempre os passageiros nem vão perceber que algo aconteceu.
Veja agora aqui, algumas situações que você pode perceber ou o comandante explicar e fique tranquilo, pois elas são absolutamente normais:
O Avião arremeteu, e agora?
Arremeter significa descontinuar o pouso da aeronave. Isso pode ocorrer na aproximação com o aeroporto ou até mesmo quando o avião já tiver tocado a pista.
Ao contrário do que pode parecer, de que é algo perigoso, a arremetida, na verdade, é um procedimento de segurança adotado por decisão do piloto ou pelo controlador de voo.
Ventos fortes, chuva, baixa visibilidade, falha mecânica, outro avião na pista, balões ou muitas aves na rota do aeroporto e, em casos mais raros, pessoas ou animais na pista podem ser motivos para se decidir por uma arremetida.
Na nova tentativa de aterrissagem, basta que o piloto solicite uma nova autorização de pouso e siga todos os procedimentos novamente.
Talvez seja necessário que o avião desça em outra pista ou no sentido contrário da mesma pista e, em alguns casos, que voe para o aeroporto de alternativa.
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O que é aeroporto de alternativa?
Todo avião quando levanta voo tem um destino e a quantidade de combustível que ele irá receber dependerá da quantidade de passageiros, peso da bagagem e distância do destino.
Além disso, ele será abastecido com combustível extra para se chegar a algum aeroporto de alternativa.
Aeroportos de alternativa são opções próximas – aproximadamente até 45 minutos de voo – para que as aeronaves possam pousar caso o aeroporto de destino esteja passando por algum problema que impossibilite o pouso da aeronave com segurança.
Já houve casos, que por questões climáticas, a aeronave não conseguiu aterrissar em Congonhas e partiu para o aeroporto de alternativa de Guarulhos, porém também não conseguiu neste aeroporto, e, por fim chegou com segurança em Campinas.
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O avião foi para outro aeroporto. E agora?
Certa vez eu estava em um voo de manhã cedo, que saiu de Foz do Iguaçu com destino à Curitiba. Próximo a aterrissagem, a aeronave não conseguiu fazer a aproximação devido ao mau tempo em Curitiba.
Ficamos orbitando (dando voltas no céu) por uns 30 minutos, quando o piloto decidiu partir para o aeroporto de alternativa. Em Florianópolis, o avião foi reabastecido e aguardou a liberação de Curitiba.
Caso o mau tempo persistisse e o aeroporto de Curitiba não fosse liberado para pousos, a companhia teria que fornecer transporte terrestre de Floripa até Curitiba ou alojar todos os passageiros em hotéis até que o voo pudesse prosseguir.
E quando o voo não pode prosseguir?
Alguns anos depois, novamente chegando em Curitiba, só que dessa vez a noite, eu enfrentei a pior turbulência de todas as vezes que eu voei.
Ao descer para pousar no aeroporto Afonso Pena, ao passar pela densa camada de nuvens, o avião sacudiu, sofreu pequenas quedas no ar e causou certa histeria entre os passageiros.
Ainda no meio de todo aquele sacolejo, senti que o comandante colocou mais força nos motores, percebi que a aeronave iria arremeter e não seria naquela tentativa que pousaríamos em CWB.
Ao subir, nova trepidação ao passar pelas nuvens, algumas voltas no ar (orbitando) e uma nova tentativa de aproximação, mais sacudidas descendo (mas nada comparado a primeira descida) e outra vez o piloto jogou força nos motores.
Enfim, depois de duas descidas em meio a uma tempestade, um tempo orbitando e de duas arremetidas, o voo alternou para Florianópolis.
Ao contrário do que aconteceu da primeira vez que meu voo foi alternado para Floripa, deu meia hora em solo e voltou para Curitiba, dessa vez todos os passageiros tiveram que desembarcar e a companhia aérea providenciou todos os trâmites para que chegássemos à Curitiba, de ônibus.
O que é turbulência?
De tudo que pode acontecer com um avião, talvez a turbulência seja o que há de mais famoso, todo mundo comenta sobre ela, tem verdadeiro pavor dela, mas poucos sabem o que é e porque ocorre.
Turbulência é um fenômeno causado pelo deslocamento de massas de ar, em função de oscilações de temperatura desse mesmo ar que é cortado a grandes velocidades pelo avião.
Essas massas se deslocam em diversos sentidos e são invisíveis ao olho humano, no entanto são perfeitamente detectáveis pelos radares do avião que informam ao piloto e este tem tempo de avisar o restante da tripulação e passageiros para que sentem em suas poltronas e afivelem seus cintos.
Por experiência própria, eu diria que 90% das vezes que viajei de avião, passei por turbulências, algumas bem leves e outras que sacudiram bastante a aeronave, no entanto estando com cintos afivelados, nada de mais irá acontecer.
Aeronaves comerciais são preparadas para enfrentar condições climáticas muito mais severas do que uma simples tempestade.
Ao se preparar para passar por uma zona de instabilidade que causará uma turbulência, o piloto diminui a velocidade da aeronave.
Mal comparando, seria como se você estivesse dirigindo seu carro por uma estrada asfaltada e perfeita e entrasse em outra de terra e toda esburacada.
Você diminuiria a velocidade, pois os solavancos poderiam danificar seu carro ou ferir os ocupantes.
Com o avião acontece a mesma coisa.
Porque o avião está dando voltas e não pousa?
Antes de você pensar no pior dos cenários, que está tendo uma pane no avião, que o trem de pouso não está funcionando, que o avião foi seqüestrado ou que o piloto e co-piloto surtaram, saiba agora tudo o que pode acontecer para que um avião fique orbitando antes de pousar.
Quem já viajou algumas vezes para Congonhas certamente já deve ter passado pela experiência de ficar sobrevoando a cidade de Santos aguardando até que o avião tivesse autorização para pousar naquele aeroporto.
E é somente isso, falta de autorização por excesso de tráfego. Muitas aeronaves no solo para decolar e diversas outras no céu, aguardando uma vaguinha na pista de aeroporto mais disputada do Brasil.
O avião pode ficar orbitando também por questões climáticas ou por algum problema no aeroporto ao qual se destina, mas entenda isso sempre como um procedimento de segurança perfeitamente normal.
Em último caso, como já expliquei, o avião pode se destinar ao aeroporto de alternativa.
Pouso ou decolagem, quem tem preferência?
O pouso, sempre.
Uma vez estava saindo do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) e indo para Salvador e simplesmente fiquei aguardando 3 horas dentro do avião, porque estávamos na posição 12 em uma fila de aeronaves para decolar.
Naquele momento, a prioridade era que aeronaves que se destinavam a Belo Horizonte pousassem no Galeão, uma vez que o aeroporto de Confins estava fechado por causa do mau tempo, além é claro, daqueles voos que já tinham mesmo o Galeão como destino.
Parece bem lógico não é, pois aeronaves que estão no céu e que já estão rumando para um aeroporto de alternativa precisam pousar, e quem está no solo está mais seguro, mas essa conta não é assim tão fácil, uma vez que para que essas aeronaves pousem precisa ter espaço no aeroporto e para isso outras que estão no solo precisam decolar, mas esses cálculos ficam por conta dos controladores de vôo.
Por conta de muitas aeronaves grandes em um aeroporto pequeno, falha de comunicação, pressa, regulamentação trabalhista e arrogância, aconteceu o maior acidente aéreo da história.
O mais surpreendente desse acidente é que aconteceu no solo e envolveu duas aeronaves do maior avião do mundo. Clique no link acima e saiba mais.
Já passou por alguma dessas situações? Ficou com alguma dúvida?
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